A Meia Luz
És uma parreira que sem saber seca
para
logo procriar as uvas brilhosas
e que por sua vez
pari vinhos
estonteantes ao entardecer
És o exótico que sem saber que virá e vira
a exuberância rara do raro de um candeeiro rudimentar
És o tom que sem
ter conhecimento,
dá claridade ao sol.
Das corredeiras aflitas,
sem saber és a força
d'água que carrega o meu destino
És de fato meu
ato que à toa
se despiu da humildade
para declarar-se seu ao por do
sol.
Do arcanjo ao anjo me viste assim sem saber
das heresias
profanas que se misturavam às orações
feitas em pensamento junto ao lume
da vela
quando rezava por ti
És mulher, que sem saber virou
a
silhueta de menina refletida na memória
que estava amando um homem
e
que não mais a penumbra pode esconder...
Marcos Milhazes***
Imagem - Google - Arte final de
Edna Liany
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