QUATRO DÉCADAS
 
Quase sem percebermos passaram quatro décadas
levando com elas nosso sonho feliz,
pintando pouco a pouco a fronte com neblina
e empanando nos olhos nossos anos de luz.
 
Teu olhar não brilha já com a promessa
de uma noite de lobos mordendo-nos a sede
nem teu riso se parece fundido com o meu
nem as mãos se acercam a procurar prazer.
 
Revolto-me no vão do desencontro ingrato,
como um bravo guerreiro que agoniza depois
de uma cruenta batalha onde ganhou o esquecimento.
 
E seu canto de cisne brota em som de poema
cantando-lhe aos anos que nos viram crescer
já sem lua nem estrelas nem a escondida sede.
 
© Alberto Peyrano
Buenos Aires, Argentina
Direitos Reservádos

 

 

 

 

 

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