Catarse
Era feito um
frêmito,
etéreo e
fugaz,
uma
aragem,
uma
vibração,
um hausto que
arrepia,
uma
compulsão.
Deixou impiedosa
saudade,
mergulhada em
noite escura,
feito
tempestade
enfeitada de dor,
vazia,
eis que foi
volúpia, vontade, sonho, loucura,
grito abafado no
peito,
soluço
entrecortando pranto,
foi entrega e
desamor.
Ficaram marcas de
espinho,
de caule de
extinta flor,
esturricado,
cruel,
tombado em seu
caminho,
eis que foi
desatino,
procura,
pesadelo, estupor.
Era feito brisa
fresca,
vôo de pássaro em
calmo céu,
eis que foi
sonho, mergulho,
favo de doce
mel,
galho impedindo
queda,
no escuro
abismo
de almas ao
léu.
Foi bem-querer
que equilibra,
sopro brando que
afaga,
feito doce
flutuar,
que acode o
peito
e faz
sonhar.
Foi visgo em
coração arredio,
vagando entre o
fim e o pulsar,
colado a apertado
peito,
ansiando onda a
navegar,
nas águas da
ilusão sem jeito.
Ao ir-se
embora,
legou cheiro de
mar,
quebrando em
fina areia,
eis que foi
loucura, compulsão,
borrifo de
lágrima molhando a face,
fímbria de
janela
espancando a
escuridão.
Foi alegria, gozo
e paz,
e depois foi
dor,
cometa riscando o
espaço,
faiscante de luz
e cor,
sem saber onde
aportar.
Foi luar que
filtra estrelas,
foi abraço,
amasso,
entrega,
acolhida,
desvario,
desmaio,
despertar
e adormecer,
eis que foi
começo
de novo
amanhecer.
Foi sentimento,
entrega, paixão,
noite que se fez
dia,
tênue linha de
horizonte,
palpitante de
emoção.
Foi flutuar sobre
escolhos,
foi verdade e
ilusão,
foi
sombra benfazeja,
água fresca que
sacia,
luz que se
irradia,
eis que foi
ternura e encantamento,
foi
Amor...
Ariovaldo
Cavarzan
27/03/2009
Midi - Just For You
Ernesto Cortazar
Livro de
Visitas
Deixe aqui o seu
recadinho.
Marcos Milhazes agradece
Art-Formatação-Edna Liany Protegido pela Lei 9.610 de
19-02-98-art.184 |