Com uma
leve sensação
Quiseram minhas palavras se
revelar.
Num jeito oculto tal a magia de versar
e as letras bailavam
no ar.
Escrevia uma carta para ela
Coisa simples, num
bloco de recado.
Falava de como o tempo tinha passado
Num tom até
apressado e com a cara de pecado
Da forma como a via
Do
jeito de como a conhecia
Da sua linda mania de bulir nos cabelos
Do
meu jeito bobinho de te olhar
De como seus olhos brilhavam ao
luar
Coisas faladas nas cartas
Aquelas de amor e
amizade
Que o tempo não determina a idade
Ou a hora de sentir
saudade
Falar do meu gênio forte e declarar-me
arrependido
do males que criei
Mas também das coisas boa que
plantei
Postei minha carta com emoção
Dias depois, lá
estava eu no portão
De uma aproximação,
ainda guardo na
lembrança e no coração
Era o carteiro com uma carta na mão
Que
discretamente me entregava
Um carimbo azul nela brilhava
e se lia
claramente como num terço.
O destinatário não mais existe
nesse endereço...
Marcos Milhazes***
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Marcos Milhazes
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