dêem-me exéquias
Angélica T. Almstadter não me basta essa cova rasa estreita e tão habilmente aberta... esse aperto sisudo de espera não me assiste nesse trago porque o que te parece ousadia é anarquia dentro de casa e porta afora descaso fracasso ambulante trajado de filosofia barata não busco elos não quero versos paralelos quero a laje tumular fria, tal qual o tolo pediria numa insana prece... não me basta o eco romântico, há uma dimensão incontida no meu canto tântrico sinto varado como fome o vazio que me consome na carne a febre que me gasta sutil como o laço que se desata escorre tão lento quanto me afasta cobre minha boca gelada entreaberta na palidez do calafrio estatelada no chão e no teto dane-se parecer com o velho perfil dos novos desregrados pobres ululantes deserdados baixa a terra sem afeto esquecido, caro Prometeu tal qual aqui viveu... Midi - Era Ameno -
Eric Levi
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