Saudações amigos escrevedores

 

Xenteeee
No sertão pode carecer de Sol
Não de solidão
Volta e meia, tem bezerro de fora tentando
pastar no terreiro do alheio
Vigi, dá certo não
É certo desafio de boca ou de facão
Bem,
 abaixo tem um motivo pra empreitada
Que tal dá um oiada

 

Desacato o Cantador

Filho de baiano
Já disse. Vim de lá!
Com cara de nordestino
e jeito de reza
Acredite seu moço
Vim no bucho da Dona Elza

Nem sabia embolar no verso
Na pipa papagaio eu sabia
Daquela menina sempre que podia
Passava o cerol e a trazia na pendura

Ô menino, falo da minha linda candura.
Que veio lá da terra da seca,
 Para morar em Cascadura
Minha morena passando de vez pra madura

Numa disputa de fala
Com outro escrevedor
Se a cabrita gosta e fala de valor
Que antes não dizia, fico aperreado.
Pode ser troca de amor!

Mas caboclo que se preza
Não aceita falação de figurante
E da fala dita, põe tudo como antes.
Nunca se perde uma mulher,
 para um falso navegante que se perde no destino.
E vira boi de cerca para um simples nordestino.

É moço!
Tem moça que roda como piorra
Aquele brinquedo de moleque que zoa no chão
Levanta uma danada de poeira lá no cerrado
E vai perdendo a sua força
Tal qual à tardinha
Quando faz a cama do Sol do meu sertão
E vem parando sempre bem de mansinho
Dentro do meu coração

Marcos Milhazes***
 
 

Midi-Admirável Gado Novo

 

 

  

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