Saudações amigos
escrevedores...
Eu e a maninha Orinho, de origem baiana entedemos de mar. Será?? Então nos digam dessa história de velhos pescadores "Duetos de Outono" Marcos Milhazes*** &
Aurea Abensur
MAR DE
VAZANTES...
Coisas de mar
e vida
Coisas que vão andando sem olhar onde pisa Coisas que dão tanta felicidade Coisas que produz desamor Coisas de muita dor Coisas que
queríamos guardar
no fundinho de nossa gaveta de minha nau capitaneia Coisas que não conseguimos nos livrar Essas coisas e lendas do mar Como foram as
marés da nossa história
Coisas das correntes de enchentes e vazantes Coisas que consegui só hoje aprender Deixar sua canoa seguir feliz Eu marujo experiente assim o quis Então!
Vá à paz, deixa-me no meu mar de paz E como nos seus oceanos só de ida e correntes de desamor Apenas leve o seu veleiro com amor e sem medo Não deixe ele ir ao fundo tal um brinquedo... Marcos
Milhazes*** MINHA CANOA SOLIDÃO Minha canoa solidão... Há tanto tempo viajo contigo Em águas turvas de recordação Apenas me carregas... Forçando-me a remar sozinha com as mãos Nesta lida ou vida chamada imensidão Tão vasta, tão longa, e tão confrontada. Ensina-me solidão... A mais uma vez navegar com uma saudade Que de mim se aproximou em forma de amor Tão mansinho, que nem percebi mascarada E muito rápido me fez recordar da tua embarcação. Ah minha solidão... Liberta-me da tua dependência. Deixa-me encontrar um porto seguro Ancorar e realmente compartilhar lado a lado. Ainda não te cansastes de algo me ensinar? Tem por mim um pouco de compaixão Preciso pela terra com alguém caminhar e para ele me enfeitar. Deixa-te levar pela água, e vai a busca de um recanto que acalante o teu silencio E permita que eu, na minha própria aceitação Consiga ser feliz, acompanhada. Oh antiga amiga solidão... Olho ao meu redor e vejo um jardim de relações Mas tu não me libertas... Quero por alguém esperar cheia de amor no coração Não entendes que meu corpo tão castigado Já está asfixiado com a tua prisão? Viajamos sós, as duas por muitas marés, Agora minha canoa; ancora! E, deixa-me voar, leve como uma borboleta Para de novo ter direito de sentir amado Este velho e machucado coração *Aurea Abensur* (Orinho) Midi - La Barca - Roberto Cantoral
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