Saudações amigos
escrevedores
Diz um ditado: Quando um não quer dois não brigam. Mas não é bem assim Eu e a Mary escrevemos algo a respeito Veja se vocês concordam Boa leitura "Duetos de Outono" Mary Trujillo
&
Marcos Milhazes***
O QUE DESEJA AGORA, AMIGO? Eu lhe dei o melhor de mim, Toda a confiança e carinho. Ouvi seus lamentos nos dias ruins Chorei as pedras no seu caminho... Vibrei com suas conquistas. As mais Sonhadas, esperadas, ansiadas.... Choramos juntos traições, deslealdades Era linda a estrada nessa amizade abençoada. E nosso pacto era de um ser pelo outro. Quantas injustiças choramos os dois? Quanta desumanidade nos assombrou? Mas só o tempo sabia o que viria depois... Mal sabia que sua traição seria cruel, Que o que sentia era raiva, ressentimento. Que retribuiria o doce afeto, devolvendo fel... Era seu peito desprovido de bom sentimento. Na penumbra seus planos diabólicos jorravam Em armações e planos inconfessáveis... Alma negra se escondia sob um rosto bondoso, Pérfidas intenções por trás de gestos amáveis. Minhas lágrimas derramadas pouco importavam, Desde que sobre meus ombros você fizesse sucesso. E que pudesse mostrar ao mundo que era o bom. Mas tudo tem um final amigo, hoje esse triste regresso... Maltrapilho, cabisbaixo, feito um nada, maltratado... Busca meu amparo, meu carinho, minha mão, O que quer de mim, o que deseja agora, amigo? Com o peito ferido, dolorido, só posso dizer: Vá... siga seu caminho, já lhe dei o meu perdão! Mary Trujillo PASSOU DA CONTA Coisas da vida, Coisas que vão andando Sem olhar onde pisa Coisas que dão tanta felicidade Coisas que produz desamor Coisas de muita dor Coisas que queria guardar no fundinho de minha gaveta Coisas que não consegui me livrar Coisas, coisas de ser só eu Como foi à coisa da minha vida Coisas que se passaram e me ensinaram Coisas de vaidade e egoismo Sei, causei-te desamor e agonias Perâmbulando com vãs companinhas Adormeci e não percebi que fostes querida, amiga e amante E nunca conseguia vê-la assim antes Coisas de errante Ah, na hora da queda Procurei-te acanhado e acabado Recado recebido e assimilado dentro da razão Enfim, outra vez doaste-me sua mão e compaixão Então, entender e ser capaz Vou à paz, deixo-te em paz Como coisas que te ofereci sem medida Diz, me conta!!! Você não acha que passei da conta? Marcos Milhazes*** Midi -Atras da Porta
Chico Buarque & Francis
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