FIM

 

Tão somente fim... não sei se
De caso, da vida... ou de mim...
Sonhos tantos, jogados ao léu...
Peito atingido por um estopim...

 

Lágrimas... só as lágrimas
Podem traduzir a dor infinda.
O vazio, é um cruel gigante,
Cutucando a dolorida ferida...

 

As belas frases, o aconchego,
São agora, apenas lembranças.
Contradições que chicoteiam
Meu coração bobo... criança...

 

Fim de sonho, fim da esperança...
A palavra não poderá ser apagada.
Nunca mais minhas mãos nas suas...
Só passos se perdendo na estrada...

 

Fim meu amor, é o fim, nosso fim.
Mas minha voz falará no silêncio....
Na sua fria e mal dormida noite, do
Nosso amor... e terno envolvimento...

 

No corpo levo mil estilhaços...
Olhar baço, anuviado, perdido...
Por pouco, quase nada, nada...
Perdemos o sonho, o paraíso...

 

Adeus amor meu, estou indo...
Voltando nas minhas pegadas...
Deixo de presente meu coração,
Para suas solitárias madrugadas.

 

Mary Trujillo


 

 

 

 

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