Numa cidade de interior cuja tradição, notar e falar de qualquer
assunto era coisa complicada, dada a exígua capacidade de ter tal conhecimento.
Ali também existia uma senhora de pouca escrita, que embora com pouca instruçãoe cultura, grande era a sua sabedoria.
Era um lugar pequeno, de pouco comercio e toda a população se
Juntava na pracinha para ver televisão e conversar fiado.
E a vida passava devagar e com manha naquele lugarejo.
Existia também um mercadinho municipal e suas histórias.
Existia também uma senhora rica, que sempre ali freqüentava.
E sempre que ali chegava, mal dizia a tudo e todos sem ao menos conhece-los.
Era sempre a mesma coisa.
Falava mal da balança, do vendeiro, das prateleiras e tudo o mais que ali se apresentava,tal era a sua descompostura social e arrogância de cunho enigmático e financeiro.
Até que num belo dia a dita cuja senhora entrou um minuto depois que a humilde senhora.
Como de hábito e sem perder a pose dirigiu-se ao vendedor e fez seu pedido.
Calmamente ele solicitou a senhora rica calma, pois estava atendendo a pobre senhora.
Tal fato a enraiveceu e a fez dizer ao vendeiro.
Como aquela garrafa empoeirada lá em cima lá na última prateleira vejo como essa senhora.Bem onde está escrito Emobras.
Viu, ela não pertence a minha prateleira! Entendeu rapazinho?
Humildemente veio uma voz calma dirigindo-se a rica senhora
de hábitos grosseiros. Era a pobre senhora, que disse:
- Não me oponho da senhora me tratar assim. Nem tão pouco de ser atendida depois.Apenas quero um minuto de sua atenção para o meu breve relato:
- A pessoa de posse dá o que não possui na maioria das vezes.- A falta da tal da educação e diretriz de vida.
- A garrafa da última prateleira está escrita em seu rótulo.
- “ É um raro Petrus 1986, Bordeaux de Pomerol, cuja garrafa custa R$10.000,00”.
Portanto a Sra. Está correta! Não é produto para a sua prateleira, pois julgou acima de seu conhecimento e alcance. Pelo seu tamanho de visão, é claro, que não dava para ver.
Ah, perdão antes de me retirar, onde a sra. leu Emobras, acredito que seja em obras.
Resumindo:
Na vida, nem tudo que é lido, é visto e compreendido.
Nem tudo falado, é escutado ou registrado.