O
Rio
Quisera ser como um rio.
Que segue tranqüilo seu
caminho.
Não se importando com as pedras,
Encontradas em seu
caminho.
Que ferem e cortam suas águas,
Deixando-as magoadas e
doloridas...
Transformando-as, em lágrimas caídas.
Mesmo assim segue
seu rumo.
Deixando por onde passou...
Um pouco das lágrimas que
chorou.
Quisera ser como um rio.
Que segue tranqüilo em seu
caminho.
Esquecendo-se da dor...
Que bem distante ficou.
Não
se importando com nada,
Segue seu rumo, sempre em frente.
De repente
suas águas, ficam a brilhar!
Pois a lua apaixonada...
Com carinho
vem lhe tocar.
E quando o dia amanhece...
Vem o sol com seu
calor para lhe aquecer.
E os passarinhos alegres,
Em
suas águas vem banhar-se
Mais adiante, em seu caminho,
As ramas
silvestres beijam seu corpo,
Com muito amor e carinho.
Quisera
ser como um rio.
Que segue tranqüilo seu caminho.
Esquecendo-se
das dores e dos amores,
Da lua, do sol, dos passarinhos e das
flores.
Esquecendo-se das pedras que rasgaram,
Seu corpo como se
fossem espinhos.
Quisera ser como um rio.
Que segue tranqüilo
seu caminho.
E conhece bem o seu destino!
Tem alguém...
Um
oceano... Esperando por seus carinhos.
Quisera ser como um
rio.
Que seu caminho seguiu.
E com sua perseverança não perdeu a
esperança...
E encontrou seu grande amor.
Deitou-se sem pensar, em
outro leito!
Mesmo sem saber se era direito,
Amar assim as águas do
mar.
E eu estou aqui, triste sem você.
Não tive a coragem do rio...
Pra correr em sua
direção.
E hoje, o meu amor...
Vive somente bem guardado,
Dentro,
do meu pobre coração...
Edna Liany Carreon
13/03/2003
Midi: Águas de Rio e Pássaros
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