Sertanejo
Marcos
Milhazes***
Eu venho do árido agreste
De uma terra triste
De vida dura, tal a rapadura
Sou feito de suor e seca
De olhos profundos e engotados
De mãos de calo e de um calor danado
Mas sempre fiel da minha terra
Te digo, moço!
Dessa terra,
nem a poeira vermelha me chateia
Nem da bendita falta de água, me esperneia
Tem vezes que me atormenta e dá agonia
Mas não perco a minha crença
Ela é seca, mas é minha
Aqui no terreiro, dia de Domingueira
me anima
Nem meu pasto aterrador e com muita dor
não tira o meu jeito de namorador
Aprecio a cabrita que passa
E aperreia meus olhos de carcará
Seus bonitos cabelos de rosca
Oh meu Padim Ciço, mas que moça!
Ah, bom Deus
Se tiver um tempinho, dê o seu jeitinho
Dê para esse cabra de rosto talhado
Aquela bonita cabocla
A mais faceira do meu cerrado...
Marcos Milhazes***
Formatado por Edna Liany
Declamação : Lêda Yara
Voltar Declamação
Clique aqui
Livro de Visitas
Deixe aqui o seu chamego.
Marcos Milhazes agradece
align="left">
size=4>